O que tu achou da história? Uma experiência de contação de histórias em
uma comunidade quilombola.
Luanda Rejane Soares Sito (UFRGS)
Palavras-chave: narrativa -
etnia – letramento
Este estudo
trata de uma experiência de contação de histórias com crianças da comunidade
remanescente de Quilombo Limoeiro, em Palmares do Sul. Os encontros ocorriam
quinzenalmente, durante as reuniões para construção da associação comunitária
local. Para a seleção das histórias, buscou-se trabalhar com a identidade
étnica, pensando numa interlocução destas com a realidade do público, muitas
vezes tocado por problemas de baixa auto-estima por sua pertença étnica,
principalmente pelas relações de discriminação e de espoliação sofridas pelos
quilombolas, conforme Reis (2001) e Marques (2001). As crianças tinham em média
5 anos e, em sua maioria, não eram leitoras. Antes da contação, havia uma
contextualização sobre o tema da história. Também se procurou relacionar as
leituras à realização de desenhos ou à construção de algum material que
permitisse um diálogo sobre o texto. A proposta inicial era estimular
questionamentos sobre os textos lidos/ouvidos para propiciar a compreensão e
desenvolver práticas de discussão sobre eles. Observou-se que as crianças
participavam da contação de histórias apenas ouvindo. Iniciavam, após a
história, conversas sobre seu cotidiano, não chegando a uma interação mais
profunda com ou sobre o texto. Essa ausência de envolvimento das crianças com a
atividade proposta pode ser resultado de diferenças entre as práticas de
leitura existentes na comunidade e a prática de letramento apresentada
(Michaels, 1991 e Terzi, 1995). Esta experiência possibilitou uma reflexão
crítica sobre a necessidade de conhecer previamente a comunidade, suas formas
de promoção da leitura e suas práticas de interlocução sobre os textos, para
propor atividades que as levem em conta. É indispensável que o mediador tenha
ou busque o conhecimento do Outro.
Introdução
Esta experiência de contação de histórias em
uma comunidade remanescente de quilombo foi realizada pressupondo a narrativa
oral como uma preparação para o envolvimento do leitor com o texto escrito
(Michaels, 1991). Seus objetivos foram
desenvolver o interesse pela leitura, promovendo o questionamento sobre os
textos, e apresentar textos com a temática ou personagens negros, pressupondo
uma maior interlocução dos textos com a realidade do público a partir de uma
identificação com eles.
O trabalho
nasceu a partir de um projeto de formação de lideranças quilombolas, desenvolvido
pela equipe do IACOREQ (Instituto de Assessoria a Comunidades Remanescentes de
Quilombo, uma Organização Não Governamental), o qual consistia em auxiliar a
comunidade na construção de sua associação comunitária quilombola local. A
percepção de que as crianças não estavam sendo inseridas nesse processo e de
que não havia o hábito da leitura e da escrita na comunidade – embora cada vez
mais presentes em suas relações sociais, principalmente com a construção da
associação e com a busca pelo título da terra – nos levou a construir uma
atividade de contação de histórias, visualizando o letramento.
Remanescente de
quilombo é aqui entendido como “uma unidade social baseada em novas
solidariedades, a qual está sendo construída consoante a combinação de forma de
resistência que se consolidaram historicamente e o advento de uma existência
coletiva capaz de se impor às estruturas de poder que regem a vida social”
(Almeida, 2002). Além disso, essa construção é permeada por uma ancestralidade
negra. Atualmente, essas comunidades se encontram num processo de busca pela
titulação de suas terras, assegurado pelo artigo 68 do ADCT, da Constituição de
1988.
As atividades
ocorreram na comunidade do Limoeiro, localizada em Palmares do Sul, no estado
do RS. Uma comunidade com características rurais, vivendo basicamente de
trabalhos em sua terra, como plantação e artesanato, e nas fazendas vizinhas:
Limoeiro é cercada por três grandes fazendas, numa região onde predomina a
plantação de arroz. Alguns jovens vão para a cidade ou para a capital em busca
de trabalho. A maioria de sua população é de crianças, adultos e velhos,
possuindo um pequeno número de adolescentes.
Escolha dos
textos e a identidade étnica
Para a seleção
das histórias, buscamos trabalhar com a identidade étnica por ser um público
quilombola, população majoritariamente afrodescendente. Nosso objetivo, a
partir dessa identidade, era uma interlocução com a realidade do público a
partir das histórias.
A
ancestralidade negra – traço característico deste grupo cultural - está
presente nos discursos dos adultos, como “os negros sofrem muito” (um
senhor, cerca de 30 anos), nas histórias e nos mitos contados às crianças,
como “minha avó contava quando eu era pequena de um escravo que aparecia
para seu senhor depois de ter sido espancado e morto por ele. O senhor parece
que enlouqueceu depois dessas visões” (A., mais de 60 anos) e na própria
constituição da comunidade e nas suas relações atuais.
A partir de
suas falas, como “meu avô me contava que os escravos sofriam muito. Ele foi
escravo”, vemos como o racismo ainda é vivenciado pela comunidade em suas
relações com os “outros”, tanto nas relações de trabalho - “a gente ainda é
escravo” (comenta um senhor de aproximadamente 30 anos, após uma reunião na
qual falavam sobre cursos que pudessem auxiliar na geração de renda para a
comunidade) – como nas de vizinhança (conflitos com as fazendas
vizinhas, gerados por terras, venenos e outros). Assim como em outras comunidades quilombolas, vemos que Limoeiro
possui conflitos interétnicos que afetam sua auto-estima e, conseqüentemente,
sua identidade, por essas relações de discriminação e de espoliação, conforme
Reis (2001) e Marques (2001). A partir desse contexto, planejamos a atividade
de contação de histórias.
Contação de
história
As atividades
ocorreram entre março e maio de 2005 durante as reuniões para construção da
associação, das quais participavam os responsáveis pelas crianças. Ocorriam na
manhã e na tarde, com brincadeiras, pinturas, produção de material e a contação
de história. O espaço – utilizado alternadamente com os adultos - era o prédio
de uma antiga escola, atual sede da associação, composto de uma ampla sala, uma
cozinha e uma biblioteca, e o pátio ao redor do prédio, com uma bela grama.
Paralelamente
às atividades de contação, as crianças participaram da reconstrução dessa
biblioteca, a qual possuía como acervo alguns livros didáticos, gibis e mapas
velhos. O pedido para esse trabalho partiu da própria comunidade logo nos
primeiros encontros, o que já demonstrava um movimento para a promoção da
leitura (Britto, 2003). Nesse trabalho, as crianças auxiliaram na limpeza dos
livros, em sua organização e catalogação. Ao mesmo tempo, liam os títulos,
questionavam pelas informações das capas e como fazer sua seleção. Respondíamos
suas perguntas pontualmente. Não fizemos leituras durante a atividade, pois
nosso foco neste dia foi a organização do espaço. Os participantes foram as
meninas escolares, que prontamente se dispuseram para ajudar.
A forma de
narrar ocorreu através da simples narrativa, nas quais trabalhávamos a
entonação e o timbre da voz e a expressão corporal; a utilização de avental,
encenando e trazendo algumas figuras significativas da história; e a leitura
do texto com o livro, nas quais houve mais dificuldades de compreensão e,
com isso, dispersão maior do grupo.
Como as
crianças não eram obrigadas a participar, iam se aproximando gradualmente
durante as atividades. Possuíam entre 03 e 12 anos, mostravam-se bem agitadas;
muito curiosas e interessadas. Eram muito carinhosas também, recebendo-nos com
abraços e beijos em todos os encontros. O número de crianças variava muito e
estava relacionado com a presença dos adultos na reunião, participando cerca de
10 a 20 crianças em cada encontro. Não havia uma grande diferença entre o
número de meninos e meninas, embora elas participassem mais das atividades: nos
chamavam querendo saber o que faríamos naquele dia, sempre queriam ajudar,
entravam no círculo e permaneciam até o final da história; enquanto, os meninos
circulavam mais nos espaços, saindo do local no meio das atividades, e queriam
realizar mais as pinturas e as brincadeiras.
Aqui, vou
relatar três encontros que me pareceram mais significativos para pensarmos
sobre a mediação nas narrativas, por possuírem dois deles textos com a temática
e/ou personagens negros e um a escolha espontânea das crianças pelos livros.
O primeiro
deles é com a história “Menina bonita do laço de fita”, apresentada através do
avental. Este livro narra as peripécias de um coelhinho que admirava tanto a
beleza de sua amiga, uma menina negra, que deseja ser negro. Toca em temas como
a admiração da beleza negra e a miscigenação.
Nessa
atividade, as crianças construíram um coelho a partir de material reciclável
que serviu de cestinha para chocolates no do dia, por ser o coelho um dos
personagens da história e o animal que simboliza a Páscoa (comemorada no final
de semana seguinte). As crianças, após concluírem seus coelhinhos, eram
convidadas para sentarem em círculo no chão. Nesse dia, muitos adolescentes
participaram.
Durante a
contação da história, as crianças sorriam e ouviam atentas, também faziam
pequenos comentários que, infelizmente, não ouvíamos. Logo após o término,
sentamos para conversar sobre o que achavam da história e sobre suas famílias,
buscando relacionar com o texto. Pedimos que eles trouxessem histórias
familiares para conversarmos no próximo encontro. Os pequenos não se envolviam
com o pedido, não o respondiam. Esse diálogo ocorreu mais entre nós e os adolescentes.
A atividade foi mais direcionada para os escolares e possuía um visível caráter
escolar.
O segundo encontro foi na biblioteca. Após
organizarmos seu acervo, a
equipe do IACOREQ reuniu alguns livros didáticos atualizados e de literatura
infantil e brasileira, doando-os para a biblioteca. As atividades com as
crianças passaram a ser mais próximas dela. Nesse dia, as convidamos para
conhecerem o espaço: entraram, manusearam o material e escolheram suas
leituras. Espontaneamente foram folheando os livros e os escolhendo. Escolha
feita, sentamos no pátio com os livros em mãos. Para as crianças não
alfabetizadas li, enquanto as alfabetizadas liam para o grupo. Como havia
poucas crianças, pude conversar com cada uma sobre as histórias lidas.
Narrativas curtas, com poucos personagens
e uma linguagem simples, as lia, cuidando minha entonação para que houvesse uma
melhor compreensão na escuta. Ouviam atentamente a história, riam e perguntavam
ansiosas pelo final. Após a leitura, questionava sobre o que compreenderam do
texto, quais eram os personagens, o que acharam da história. Perguntas essas
que causaram dificuldades a elas, pois embora fossem narrativas pequenas, não
recordavam. Os rostinhos denunciavam não compreenderem aquelas perguntas. Aqui
o interesse pelos livros parece já existir, provavelmente por já perceberem que
as narrativas que líamos vinham dos livros – o trabalho na biblioteca e algumas
contações através da leitura do livro, como a deste encontro, contribuíram para
essa relação entre narrativa e livros. Mas perguntas como O que tu achou da história? Quais os personagens
que tu mais gostou? O que tu mais gostou? não traziam respostas, nem pareciam
auxiliar na compreensão do texto.
A última
atividade foi com o texto “Atabaque, menino”, trabalhado em dois encontros.
Este texto traz o diálogo entre o Atabaque - personagem que representa os ancestrais
africanos – e o Menino – personagem que representa os afro-brasileiros; e reconta,
nessa conversa, as relações históricas entre o Brasil e o continente africano.
Iniciamos com a
contação da história, num primeiro encontro, e, no seguinte, retomamos a
narrativa questionando o que
recordavam do texto. Foram ajudando uns aos outros nessa “recontação” da
história e reconhecendo outras histórias dentro do texto, como a do Quilombo
dos Palmares. Na biblioteca, utilizamos mapas e neles localizamos sua cidade, o estado, e depois o Brasil
e a África.
O texto levou a conversas sobre o que
conheciam sobre sua cidade e fora de Palmares do Sul. Logo, C., 12 anos, começa
a relatar que já havia morado no Chuí, mostrando no mapa e contando um pouco
mais de sua história. Todos que estavam presentes envolveram-se na conversa e
queriam trazer seus conhecimentos, houve um momento de interação sobre um
tópico vindo do texto.
Novamente estávamos falando do mundo a
partir do texto, o que era muito positivo; mas não diretamente sobre o texto, o
objetivo do trabalho. A reconstrução da história foi o ponto mais alto de
contato com o texto.
Visitas e
reflexões
Ao retornar à
comunidade depois de cinco meses, pude conversar com duas famílias das quais
suas crianças haviam participado das atividades. Diferentemente dos encontros
anteriores, desta vez encontrei as crianças em suas casas. Pude conhecer onde
viviam e conversar com as suas famílias.
Durante a
conversa com as crianças, pude perceber que tinham dificuldade para lembrar das
histórias, porém lembravam das atividades realizadas durante os encontros. Na
visita e conversa com as famílias, pude observar mais sobre a relação com os
livros e a existência da leitura em casa.
A mãe de N.,
cinco anos, diz que já tinha o costume de contar histórias para a
filha. A mãe, o tio ou a avó, todos lêem os livros que N. pede. A mãe diz que
ela gosta de ouvir várias vezes a mesma história e a qualquer hora do dia. Após
a leitura, não costumam realizar questionamentos sobre a narrativa, reconstroem
o texto do livro lido com a menina. Em minha presença, durante a visita, a mãe
contou a história dos cachinhos dourados, uma das preferidas por N.; foi
reconstruindo a narrativa com N. através de perguntas nas quais pedia o auxílio
da menina para completá-las. No final, houve uma relevância para a moral da
história. Mostraram-me muitos livros de N., alguns de pintura e outros de
leitura, ainda possuía alguns na casa da avó. Isso revela que há material de
leitura circulando pela casa.
Diferentemente
da primeira família, na conversa com a avó de V., 5 anos, e de A., 4 anos, não
vi a existência de materiais de leitura. A avó, responsável pelas meninas, diz
não ter o costume de contar histórias para as crianças da casa, nem à noite
antes de dormir. Segundo ela “Eles correm o dia todo, não param. Quando caem
na cama, dormem”. Quando entro na casa, V. me cumprimenta e traz
imediatamente um livro da biblioteca da comunidade que havia levado para casa
no dia anterior. Mostra algumas figuras do livro para mim e, depois, o leva
para seu quarto. Começo a falar com a avó sobre leitura, aproveitando a cena.
Ela comenta que o interesse pelo livro começou depois do trabalho feito com
contação de histórias. Embora fiquem lendo agora - “ficam folheando os
livros que encontram como se estivessem lendo”, diz não os ler para as
crianças.
A partir das
observações e das conversas com as mães, percebi que não há uma prática de
leitura e discussão sobre os textos na comunidade. Quando há leitura de
histórias, ela é repetida, mas não questionada. As relações ainda são mediadas
basicamente pela oralidade – há um alto índice de analfabetismo na comunidade.
Essa falta de contato com textos escritos e/ou com questionamentos sobre os
textos pode ter gerado o silêncio frente às perguntas realizadas, muito
próximas de um padrão escolar. Padrão este que difere das práticas da
comunidade (Tezi, 1995). As perguntas conhecidas na escola para produzir a
compreensão textual não pareceram ser boas mediadoras, causando estranhamento e
incompreensão para as crianças.
As crianças
participavam da contação de histórias apenas ouvindo e iniciavam, logo após
ouvi-las, conversas sobre seu cotidiano, não chegando a uma interação mais
profunda com ou sobre o texto. Essa ausência de envolvimento das crianças com a
atividade proposta – discussão sobre os textos – pode ser resultado de
diferenças entre as práticas de leitura existentes na comunidade e a prática de
letramento apresentada (Michaels, 1991 e Terzi, 1995).
O interesse de
algumas crianças pela biblioteca e pelos livros parece evidenciar que se
desenvolveu um desejo pela leitura.
Quanto à
identificação com o texto pelo traço étnico, não houve condições para avaliar.
Aqui seria importante observar como as crianças vêem e sentem os conflitos
interétnicos para compreender melhor sua reação na leitura. Nossa falta de prática no trabalho com o
grupo infantil também dificultou as atividades e a própria análise.
No entanto,
esta experiência possibilitou uma reflexão crítica sobre a necessidade de
conhecer previamente a comunidade, suas formas de promoção da leitura (Britto,
2003) e suas práticas de interlocução sobre os textos, para propor atividades
que as levem em conta. É indispensável que o mediador tenha ou busque o
conhecimento do Outro.
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